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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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A maior e mais exigente operação de recuperação de um passivo ambiental da Região Norte de sempre, que decorre em Gondomar, nas antigas minas de São Pedro da Cova, foi concluída esta quarta-feira, 20 de Julho.

 

Saiu o último camião carregado com resíduos perigosos que ali estiveram depositados, tendo sido encaminhados, por via ferroviária, para aterro licenciado, com condições para o seu tratamento e depósito – um “centro integrado de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos” (CIRVER).

 

“É um momento histórico para São Pedro da Cova, para a sua população em particular, mas também para Gondomar e para toda a Região Norte”, sublinha o Presidente da CCDR-NORTE, António Cunha. “Vira-se, hoje, em definitivo, uma página de má memória ambiental do país e desata-se um nó da garganta da população local”.

 

Nas palavras do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, “chega ao fim, ao cabo de mais de 20 anos, o mal causado às populações de São Pedro da Cova e de Gondomar. Com a remoção destes resíduos perigosos, fecha-se uma importante fase da recuperação daquele lugar para que outra se possa iniciar”.

 

Ao todo, a operação, iniciada em 2014, procedeu à remoção de mais de 292 mil toneladas de resíduos perigosos, provenientes da Siderurgia Nacional e depositados nas escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova, em Gondomar, entre 2001 e 2002.

 

A quantidade de resíduos associada à extensão e à orografia do terreno, marcada por depressões com área e profundidade apreciáveis; a elevada densidade de vários maciços ferrosos; a perigosidade dos resíduos contaminados e a deteção de algum material explosivo durante a operação; e os procedimentos inerentes à contração pública dos trabalhos tornaram o projeto especialmente exigente e complexo.

 

O investimento ascendeu a quase 30 milhões de euros, tendo beneficiado de financiamento, em momentos e fases distintas, dos Fundos Europeus e do Fundo Ambiental.

 

“Há agora o desafio de devolver o lugar e a sua memória à população”, referiu o Presidente da CCDR-NORTE.

 

A decisão de estudo sobre a perigosidade dos resíduos depositados em São Pedro da Cova – inicialmente qualificados como “inertes” – foi tomada pela CCDR-NORTE, à altura presidida por Carlos Lage, no ano de 2010. O estudo, encomendado ao LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, estimaria inicialmente a presença de 88 mil toneladas de resíduos no local, tendo-os classificado como “muito perigosos”. A entidade foi p responsável pelos trabalhos posteriores de medição e caracterização dos resíduos retirados e pela validação técnica da inexistência de contaminação dos solos subjacentes.

 

Brevemente, a CCDR-NORTE promoverá uma visita ao local com as autarquias locais.

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