A sub-região do Trás-os-Montes alcançou um volume de investimentos de 373 milhões de euros, apoiados pelos fundos europeus do Portugal 2020. Os dados foram apresentados pelo Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, que reuniu ontem com os autarcas dos nove municípios que integram a Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes. No atual ciclo de financiamento comunitário, a sub-região de Trás-os-Montes regista um total de 1140 projetos aprovados. A maior fatia é destinada ao investimento público, mas o investimento empresarial ascende já a um terço do total apoiado. António Cunha assinalou, todavia, que os maiores projetos aprovados, em valor, são desenvolvidos por empresas. Para o Presidente da CCDR-N, os pacotes de investimentos assegurados em Trás-os-Montes “fazem um retrato muito expressivo da aposta dos fundos estruturais no desenvolvimento da qualidade de vida destas regiões de baixa densidade”, considerando ainda que estes promovem não só a “coesão territorial e social”, mas também o “seu potencial humano e a competitividade da sua base económica”. Entre os maiores projetos estão os investimentos da empresa FAURÉCIA (sistemas de escape) e da CATRAPORT (componentes metálicos), em Bragança, para a criação de unidades produtivas. O investimento da FAURÉCIA neste território ascende aos 40 milhões de euros e o investimento da CATRAPORT a mais de 6,2 milhões de euros. O Gestor do NORTE 2020 destacou que, “no ranking dos investimentos”, os projetos ligados ao setor do Turismo merecem também um grande destaque nesta subregião, em particular a construção do Premium Bragança Hotel & Spa, um investimento de 4,5 milhões de euros. No setor público, foram assinalados os investimentos ligados à qualificação das pessoas e à empregabilidade, naquela que é considerada “uma aposta muito relevante da região”, assim como os investimentos associados à qualificação das infraestruturas de serviços públicos. O investimento em formação profissional para jovens ascende a 34 milhões de euros (com 29 milhões de financiamento comunitário), distribuído em 60 projetos, e o apoio à empregabilidade de grupos vulneráveis apresenta um investimento que ronda os 9 milhões de euros. Na dimensão da cultura e do património, ganha destaque o investimento do Município de Bragança - relativo à reabilitação dos antigos silos da EPAC para o Museu de Língua Portuguesa (um investimento de 4,4 milhões de euros) – e, na dimensão da mobilidade, a aposta é feita nas infraestruturas de mobilidade suave e no serviço de transportes coletivos, que representam um investimento de 4,2 milhões de euros. António Cunha salientou ainda o investimento na eficiência energética do Hospital de Bragança (num montante de 3,8 milhões de euros) e na requalificação da Escola Secundária de Mirandela (3,1 milhões de euros). Para o Presidente da CCDR-N, estes encontros com as entidades intermunicipais são um “exercício de concertação estratégica muito importante”, por estarem associados a um “momento decisivo” na execução do atual ciclo de fundos estruturais e de definição do Portugal 2030. Para António Cunha este é o grande desafio: acelerar a execução dos projetos contratualizados no NORTE 2020, “sem perder um euro que seja”, ao mesmo tempo que preparam o próximo ciclo de ajudas comunitárias para o NORTE 2030 e os demais programas do Portugal 2030. |
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