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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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O mural dedicado a Camilo Castelo Branco já começou a ganhar forma nos muros da sede da CCDR NORTE, no Campo Alegre, Porto. Ao longo de 120 metros, personagens, atmosferas e episódios emblemáticos da obra camiliana começam a surgir, reinterpretados pelo traço contemporâneo de 13 artistas da Região Norte.


A iniciativa, promovida pela CCDR NORTE, arrancou esta segunda-feira, 16 de junho e decorre até dia 27, inserindo-se nas comemorações do Bicentenário de nascimento de Camilo Castelo Branco, propondo uma leitura visual e coletiva de treze das obras mais marcantes do escritor. O mural transforma o espaço urbano num verdadeiro “livro de rua”, onde a arte urbana cruza literatura, memória e identidade regional.


“Camilo passará a dispor de um grande ecrã de arte urbana na sua cidade, o Porto. Será um ecrã que marcará a paisagem urbana com referências de obras camilianas, ao mesmo tempo que as reinterpreta contemporaneamente. Este mural será uma interpelação camiliana — provocadora, extravagante, dramática e romanesca — aos transeuntes sonâmbulos da cidade e motivo de beleza e espanto a automobilistas reféns do trânsito portuense. Esperamos que conquiste também novos leitores”, afirma Jorge Sobrado, autor da ideia e coordenador geral da intervenção.


Sob curadoria de Frederico Draw, o mural conta com a participação de Daniel Africano, Sphiza, Mots, Daniel Eime, Ana Torrie, Godmess, Mesk, Virus, Leonor Violeta, Ana Seixas, Francis.co, Mariana Malhão e Ruído. Unidos por uma paleta cromática comum, os artistas exploram com liberdade criativa o universo camiliano. “O mural será caleidoscópio, extravagante e diverso como o próprio Camilo”, acrescenta Sobrado.


“Maria! Não me mates que sou Tua Mãe!”; “Anátema”; “Onde está a Felicidade”; “Amor de Perdição”; “Memórias do Cárcere”; “Coração, Cabeça e Estômago”; “Vinte Horas de Liteira”; “A queda dum Anjo”; “Maria Moisés”; “Eusébio Macário”; “A Brasileira de Prazins” e “Vulcões de Lama” serão as obras patentes no Mural.


Nascido a 16 de março de 1825, Camilo Castelo Branco deixou uma obra literária notável pela sua intensidade emocional, pela complexidade das personagens e pela crítica social incisiva — dimensões que continuam a dialogar com a contemporaneidade.


As celebrações do legado camiliano prolongam-se até 2026, com diversas iniciativas que convidam à redescoberta da sua obra, pensamento, vida e profunda ligação ao território nortenho.


Com este mural, a CCDR NORTE afirma a sua missão de projetar o património cultural da Região através de linguagens artísticas inovadoras, dando corpo e cor à literatura nas ruas do Porto.

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