Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

No ano em que se celebra o centenário do nascimento de Ilídio Alves de Araújo e se assinala o primeiro aniversário após a sua morte, a CCDR NORTE associa-se à homenagem a este arquiteto paisagista, considerado um “verdadeiro e inspirado mestre” nas questões da paisagem, ordenamento do território e ambiente.

A exposição “Ilídio Alves de Araújo (1925-2015)”, com curadoria de Teresa Andresen e Teresa Marques, inaugura no dia 4 de dezembro de 2025, às 14h30, na Biblioteca da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde permanecerá patente até 30 de março de 2026. Esta mostra itinerante, organizada pelo Observatório de Paisagem da FCUP, conta com o apoio da Câmara Municipal de Celorico de Basto e foi inaugurada inicialmente na Casa da Terra, em Celorico de Basto, terra natal de Ilídio Araújo.

Na Biblioteca da FCUP serão apresentados projetos emblemáticos da sua autoria, acompanhados por uma seleção de livros e artigos da sua vasta produção bibliográfica. Entre as suas obras mais relevantes destacam-se Arte paisagista e arte dos jardins de Portugal e Quintas de Recreio, bem como a recente publicação “A Arquitetura Paisagista em Ilídio Alves de Araújo”, lançada na Universidade do Porto.

Ilídio Araújo deixou uma marca indelével no ordenamento do território do Norte, tendo colaborado nos primeiros trabalhos da Comissão de Planeamento da Região do Norte e integrado a equipa do Plano da Região do Porto. Foi responsável por projetos de referência, como a definição da primeira área protegida do país – a Reserva Ornitológica do Mindelo – e pela conceção da estrada de acesso ao Bom Jesus.

Figura incontornável da arquitetura paisagista, Ilídio Araújo dedicou a sua vida à reflexão sobre o território português, viajando pelo país e pela Europa, fotografando, projetando e orientando técnicos. Parte do seu espólio encontra-se hoje arquivado no Forte de Sacavém, sob responsabilidade da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

Esta exposição é uma oportunidade para revisitar o legado de um profissional que ajudou a moldar a sensibilidade política para os problemas da paisagem e que, nos 40 anos da CCDR NORTE, foi autor de textos fundamentais sobre planeamento e gestão das paisagens.