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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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O Norte, a região de menor rendimento por habitante do País, foi a que mais contribuiu para o aumento da produtividade do trabalho em Portugal entre 2000 e 2017. Circunstância única na União Europeia (UE), onde as regiões mais desenvolvidas dos diferentes Estados-Membros (regiões-fronteira), maioritariamente as das suas capitais, foram as grandes impulsionadoras desse crescimento. A análise consta na edição especial do relatório NORTE ESTRUTURA, documento elaborado pela CCDR-N, que faz uma leitura das tendências socioeconómicas da região a médio e longo prazo.

O documento faz, nesta edição, uma leitura da mudança estrutural, do crescimento e da convergência da Região do Norte nos contextos nacional e europeu. Recorrendo a uma base de dados da OCDE, contrapõe, de algum modo, hipóteses que têm sido veiculadas em torno da debilidade do crescimento em Portugal, seja pelo aumento das disparidades internas nas trajetórias de crescimento ou pela insuficiente promoção da região-fronteira – neste caso a Área Metropolitana de Lisboa –, em favor de uma prioridade concedida à coesão interna.

De 2000 a 2017, Portugal ficou marcado por um fraco ritmo de crescimento da produtividade do trabalho – apenas 15,2 por cento, em termos acumulados –, em flagrante contraste com outros países europeus, em particular os da Europa de Leste. A debilidade do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho foi especialmente notória e grave no caso da Área Metropolitana de Lisboa. O NORTE ESTRUTURA dá nota que, em termos comparativos, a evolução na Região do Norte foi bastante mais favorável, tendo registado um crescimento acumulado de 20,0%. Este aumento terá resultado, sobretudo, de processos de reestruturação do seu principal setor de atividade económica, as indústrias transformadoras, com um crescimento de 51,6 por cento, o 12º maior crescimento entre as 21 regiões europeias mais industrializadas incluídas no estudo. Paralelamente perderam cerca de 150.000 empregos.

Nesta matéria, o NORTE ESTRUTURA mostra que a Região do Norte registou ainda perdas de emprego na construção e no setor primário (100 mil e 50 mil indivíduos, respetivamente) e que beneficiou de transferências moderadas de emprego em favor de atividades económicas mais dinâmicas e inovadoras, como é o caso do terciário superior (atividades de consultoria, científicas, serviços de apoio, informação, comunicação, serviços financeiros e seguros) com uma criação de 64 mil novos postos de trabalho, e de setores mais indiferenciados (comércio, transportes, restauração e hotelaria) com uma criação de 60 mil empregos.

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