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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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A Região Norte de Portugal está hoje, em Bilbau, na reunião de alto nível organizada pela Comissão do Arco Atlântico da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas (CRPM), reafirmando o seu compromisso com a criação da Macrorregião Atlântica.


O encontro, que decorre no Museu Guggenheim, conta com a participação do Presidente do Governo Basco e da Comissão do Arco Atlântico da CRPM, dos Secretários de Estado dos Assuntos Europeus de Portugal e de Espanha, do Embaixador da Irlanda em Espanha e de representantes de várias regiões atlânticas, num momento decisivo para o futuro da cooperação territorial para este espaço europeu.


Intervindo no evento, o Vice-Presidente da CCDR NORTE, Jorge Sobrado, destacou que este é “um momento histórico, um passo decisivo para o futuro do Espaço Atlântico e para a cooperação territorial na Europa.” Sublinhou ainda que este desígnio “não é a soma acidental de ambições desconexas, mas um imperativo coletivo para afirmar a fachada atlântica no futuro da União Europeia.” A CCDR NORTE, enquanto membro fundador da CRPM desde 1973 e pioneira em Portugal na cooperação transfronteiriça, reiterou a necessidade urgente de um roadmap para a criação desta Macrorregião, com um plano de ação concreto, um modelo de governação multinível e um calendário definido. “Não devemos adiar, não devemos hesitar”, frisou Jorge Sobrado.


Na sua intervenção, o Vice-Presidente sublinhou a importância da Macrorregião Atlântica como um instrumento essencial para afirmar a vocação e a soberania europeia no Atlântico, especialmente num contexto de disrupção geopolítica, para acelerar a transição energética, a economia circular e a gestão das ameaças climáticas, valorizando os recursos marinhos, e para reequilibrar territorialmente o modelo de desenvolvimento europeu, atenuando as assimetrias económicas e demográficas. “A Macrorregião Atlântica será um instrumento de influência e crescimento, de coesão e solidariedade”, afirmou, lembrando que a economia azul representa uma oportunidade única para as regiões atlânticas, com potencial para gerar mais energia renovável, impulsionar a aquacultura sustentável e descarbonizar o transporte marítimo.


A Região Norte coordena há vários anos o Grupo de Trabalho sobre Poluição Oceânica da Comissão do Arco Atlântico, assumindo um papel ativo na defesa de políticas para a proteção dos ecossistemas marinhos e na elaboração de propostas para a Estratégia Atlântica da UE e para o Tratado Global sobre Plásticos das Nações Unidas. Concluindo a sua intervenção, Jorge Sobrado lembrou que “antes e depois de todos os relatórios e estatísticas, há uma cultura que une o Atlântico. Partilhamos um património de mar, uma memória marítima comum, uma identidade atlântica que deve ser a base de uma economia azul-e-verde, inteligente e sustentável.”


A CRPM agrega cerca de 150 regiões pertencentes a 24 Estados da União Europeia e países vizinhos. Representando aproximadamente 200 milhões de cidadãos, esta organização visa promover o desenvolvimento equilibrado do território europeu, atuando como um think tank e um lobby em favor das regiões.

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