A CCDR NORTE e a Xunta da Galicia assinaram esta terça-feira, em Valença, uma declaração conjunta onde defendem como prioridade a construção da linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Vigo. Esta ligação, que se pretende moderna, rápida e regular, é entendida como uma infraestrutura estratégica para aumentar o desenvolvimento económico e social de Portugal e Espanha.
“Esta é uma infraestrutura de comunicação fundamental para a Eurorregião, para o Norte e para Portugal. Será uma coluna vertebral do corredor do Atlântico, essencial para todo o Norte e Noroeste Peninsular, para mitigar a nossa perifericidade”, assegurou, esta manhã, o Presidente da CCDR NORTE, António Cunha.
Segundo o manifesto, os diversos estudos já elaborados apresentam “dados incontestáveis” que evidenciam o potencial de utilização e rentabilidade da linha Galiza-Portugal. Dados que, em conjunto com os laços culturais existentes, constituem um capital valioso para alcançar progressos significativos na construção de novos projetos baseados na intercomunicabilidade. Para a CCDR NORTE e para a Xunta da Galicia, a riqueza partilhada gera oportunidades e promove sinergias de bem-estar através do envolvimento coletivo.
Na antiga Alfândega de Valença, em Viana do Castelo, foi ainda salientado que esta ligação ferroviária é “uma prioridade óbvia”, sendo necessário avançar, depois de 20 anos de deslizamento das metas temporais, para um orçamento e um calendário realista para concretizar a ligação. O manifesto refere assim a necessidade do desenvolvimento de um programa completo de ações, investimentos e etapas para a ligação - com prioridade para a saída Sul de Vigo.
Dado este prazo, os presidentes da CCDR NORTE e da Xunta de Galicia solicitam ainda aos governos de Portugal e Espanha que trabalhem a definição da nova ligação internacional no Rio Minho, no âmbito do programa de financiamento europeu para ações pertencentes à rede RTE-T.
A atual ligação, do conhecido “Comboio Celta” entre Porto e Vigo, efetua-se em 2H30 e oferece condições de serviço que precisam de ser modernizadas. “É um serviço decrépito e o metabolismo económico, incluindo o crescimento do turismo transfronteiriço, exigem uma melhoria urgente para as viagens se concretizarem no menor tempo possível e com mais qualidade”, referiu António Cunha. O Presidente da CCDR NORTE deixou ainda o alerta que o “Comboio Celta” faz um percurso diferente da futura ligação de alta velocidade e que continuará a justificar-se depois de 2032.
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