Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

O programa europeu de cooperação Interreg Atlantic Area, o único gerido por Portugal, estando a Autoridade de Gestão sediada na CCDR Norte, alcançou em outubro de 2025 160% da meta financeira prevista até ao final do ano. “Tenho o prazer de informar que cumprimos as nossas metas, incluindo a regra n+3”, destacou António Cunha, Presidente da CCDR Norte e da Autoridade de Gestão, no evento anual do Interreg Atlantic Area, que se realizou no contexto dos «Atlantic Days in Galway», na Irlanda, numa parceria com a presidência da Estratégia Marítima para o Atlântico.

António Cunha destacou que o sucesso na execução dos programas europeus de cooperação justifica, em larga medida, o anúncio da Comissão Europeia de atribuir 10,2 mil milhões de euros aos programas Interreg, que suportam financeiramente investimentos realizados no âmbito de parcerias europeias. “É uma excelente notícia para todos nós”, destacou dirigindo-se a uma plateia de beneficiários.

O Presidente da CCDR Norte referiu-se, ainda, à importância de uma maior capacitação regional na gestão dos fundos europeus e de fazer cumprir os planos de ação regionais: “A centralização excessiva, mesmo quando justificada em nome da simplificação, corre o risco de conduzir a resultados menos favoráveis”.

O evento anual do Interreg Atlantic Area contou, ainda, com apresentações sobre a importância de os programas europeus capitalizarem os seus resultados, demonstrando que uma maior visibilidade dos projetos financiados permite alavancar novos investimentos associados e contribuir para o desenvolvimento das regiões. Neste contexto, foram apresentados exemplos nas áreas da proteção ambiental, empreendedorismo jovem e transferência de tecnologias para a indústria.

Os «Atlantic Days in Galway» incluiram, ainda, o evento “Blue Synergies”, onde os parceiros com investimentos na Região do Atlântico trabalharam sobre novas perspetivas para projetos conjuntos, e a Conferência da Estratégia Marítima para o Atlântico que se debruçou sobre a transição energética nos portos do Atlântico, o empreendedorismo nas comunidades costeiras e as dimensões da investigação científica e inovação no Plano de Ação para o Atlântico.