Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

O Presidente da CCDR NORTE, António Cunha, marcou presença, esta quarta-feira, na sessão de abertura da Conferência Anual 2025 da Regional Studies Association (RSA), um evento de referência no debate sobre a economia urbana e regional, promovido pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

Lançado o mote Regiões, António Cunha defendeu que as “regiões não são apenas entidades geográficas, mas locais dinâmicos onde ocorrem complexas interações entre as dimensões política, econômica, social, de inovação e ambiental. Onde as mudanças globais realmente impactam as pessoas e os territórios onde vivem, trabalham e se divertem”.

O presidente da CCDR NORTE acrescentou ainda que “as regiões têm a escala espacial crucial para uma análise científica rigorosa, necessária para informar e apoiar políticas precisas, melhores políticas em benefício das pessoas”.

Referindo-se em particular ao NORTE de Portugal, o dirigente destacou-a como “uma Região que abraça o futuro, comprometida com as transições verde e digital, determinada a usar o conhecimento e a criatividade como fatores distintivos para migrar a sua economia para setores de maior valor acrescentado, incluindo a indústria farmacêutica e biotecnológica, os semicondutores ou a indústria aeroespacial”.

Já numa perspetiva mais abrangente, António Cunha defende que “num mundo onde a incerteza aumentou exponencialmente e a atual ordem económica internacional está a ser questionada, o papel da Região é fundamental”, sublinhando, “a capacidade de reação e adaptação aos novos contextos está na Região, mais próxima dos territórios, mais próxima das pessoas. É por isso que acreditamos em regiões mais fortes para uma Europa mais forte”.

Ao longo de quatro dias, a Conferência Anual 2025 da Regional Studies Association (RSA) reúne no Porto especialistas de renome, entre académicos, decisores políticos e autoridades de programas de financiamento de mais de 50 regiões com o objetivo de partilhar estudos e conceitos de políticas sobre desenvolvimento regional e coesão territorial. Mas também debater desafios como a transição digital e ecológica, as desigualdades territoriais, para além de promover a discussão sobre a importância crescente da cooperação transfronteiriça e transnacional, as disparidades regionais, os ecossistemas de inovação e as regiões periféricas.