O Norte continua a dar importantes passos na ciência e na indústria aeroespacial. Esta terça-feira, pouco passava das 19h00 quando descolou para o espaço o primeiro satélite da UMinho, o Prometheus -1, a bordo de um foguetão Falcon 9, da companhia norte-americana SpaceX.
No polo de Azurém da Universidade do Minho, em Guimarães, decorreu a cerimónia para acompanhar o lançamento do satélite, que acontecia a partir do porto espacial Vanderberg, na Califórnia, nos EUA.
A sessão contou com as presenças online do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que enalteceu, o papel da universidade na “linha da frente” do setor espacial. “É muito importante que Portugal participe neste desafio europeu”, referiu, assinalando que o setor do aeroespacial “tem ganho uma relevância muito grande na Europa”.
Nas palavras do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, “para além de um marco tecnológico e científico, este projeto é também um reflexo do compromisso da universidade em formar agentes de mudança”.
Em representação da CCDR NORTE, a sessão contou com a presença da vice-presidente Célia Ramos. Apesar de se encontrar fora do país, o presidente da CCDR NORTE, António Cunha, manifestou-se “orgulhoso” nas redes sociais com este projeto “promissor para a ciência e a indústria aeroespacial na região.”
“É um momento memorável para a comunidade académica e científica da UM, mas é sobretudo um sinal inequívoco da pujança inovadora da região Norte”, referiu.
O Prometheus -1 vai ficar a cerca de 500 quilómetros de altitude e coletar dados úteis para a comunidade académica e científica. Com fins pedagógicos é o segundo nanossatélite a ser construído por uma instituição universitária portuguesa, depois do ISTSat-1, pelo Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa. Os primeiros contactos do satélite com a Terra são esperados em abril.
O satélite resulta de um projeto científico homónimo que foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Programa CMU Portugal, e que teve a parceria da Universidade de Carnegie Mellon (EUA) e do Instituto Superior Técnico. O PROMETHEUS-1 deve o nome ao titã grego que roubou o fogo (conhecimento) aos deuses. É como um cubo de Rubik, tendo 5 centímetros de lado e 250 gramas. Possui sistemas de gestão de bateria e orientação, microcontroladores e câmara similar à de um telemóvel para captar imagens. Desde a Terra deverão avaliar-se vários itens, como o posicionamento e eventuais erros do software.
Este projeto ocorre aquando dos 50 anos da Universidade do Minho e contribui para afirmar a ciência e a indústria portuguesa no espaço. Foi pensado há três anos, quando a UMinho abriu a licenciatura e o mestrado em Engenharia Aeroespacial. O objetivo era usar o satélite em diferentes disciplinas como caso de estudo com os estudantes, desde a validação da plataforma ao licenciamento e à futura recolha de dados. Levar o espaço à sala de aula permite a alunos de várias áreas da Engenharia colocarem pela primeira vez as mãos neste tipo de objetos e alargarem horizontes.
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