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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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A CCDR NORTE, a Associação PortugalFoods e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) organizaram o workshop “Soberania Alimentar, Circularidade na Alimentação”, que teve lugar no auditório da CCDR NORTE.

Este workshop insere-se no âmbito do projeto Europeu FRONSH1P, financiado pelo Horizon 2020, para desenvolver estratégias circulares sistémicas adaptadas a cada uma das quatro regiões do projeto com base em quatro cadeias de valor. Sendo a região Norte de Portugal uma das regiões replicadoras do projeto, explora a circularidade nas áreas da Alimentação & Rações e nos Plásticos & Borracha.

Estiveram reunidos municípios da região Norte, especialistas e representantes de entidades públicas e privadas para discutir desafios, caminhos e soluções para uma alimentação sustentável e circular.

A sessão de abertura contou com intervenções do Diretor da Unidade de Inovação, Ricardo Simões da CCDR Norte e Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, que destacaram a relevância de abordagens multidisciplinare, processos bottom-up, com o robustecimento de uma rede de atores regionais, como estratégias de circularidade para a região, em prol do desenvolvimento regional sustentável no contexto do setor agroalimentar.

A primeira sessão do evento refletiu sobre o programa inovador de Sustentabilidade na Alimentação Escolar da Câmara Municipal de Torres Vedras que aposta nas cantinas escolares sustentáveis, mercados de proximidade e quantificação do desperdício alimentar. Foram partilhadas as experiências de cidades circulares e inovadoras como Mouans-Sartoux, com contributos das Câmaras Municipais de Guimarães e Arcos de Valdevez. Foram destacados os desafios na retenção de recursos humanos, escassez de matéria-prima e produção em escala. Foram apontadas soluções como a criação de uma plataforma digital de resíduos que facilite o emparelhamento de indústrias com base na valorização de resíduos, na promoção de produtos locais e certificados, nos refeitórios escolares. A moderação esteve a cargo de Maria João Rauch, Gestora da SDSN Portugal. Seguiu-se um painel de debate sobre a transição alimentar, moderado por Helena Real, Secretária-Geral da Associação Portuguesa de Nutrição, que contou com a participação de representantes da Direção-Geral da Educação, COTHN, ATAHCA, FCNAUP, LIPOR e GPP. Foram abordadas questões como a produção sustentável, compras públicas, capacitação alimentar e o papel das comunidades locais na transformação dos sistemas alimentares e comportamentos.

O evento terminou com uma síntese dos principais desafios e ações para o território que reforçou o compromisso da CCDR Norte e PortugalFoods com a promoção de sistemas alimentares resilientes, integrados na comunidade local, de políticas criativas e de longo prazo.


1. O setor agroalimentar tem um dos maiores impactos ambientais e sociais, sendo um dos principais alvos para estratégias de sustentabilidade.

2. O compromisso político dos executivos é fundamental, para garantir os meios necessários, continuidade e mudanças eficazes e duradouras.

3. A transformação dos sistemas agroalimentares exige visão estratégica, metas sustentadas e compromissos consistentes a longo prazo.

4. É fundamental aprender com boas práticas já testadas e bem-sucedidas, especialmente aquelas adaptadas à realidade territorial da Região Norte de Portugal — como é o caso de Torres Vedras — e ajustá-las aos contextos locais.

5. Os sistemas agroalimentares devem ser repensados de forma sistémica, abordando simultaneamente as dimensões ambiental, social, económica e territorial.

6. A escala local é decisiva. A articulação entre espaços rurais e urbanos deve ser reforçada para criar sistemas resilientes e equilibrados.

7. As compras públicas são uma grande oportunidade para impulsionar a transição para sistemas agroalimentares mais sustentáveis e justos.

8. A educação e formação devem ser transversais, abrangendo desde crianças e jovens até técnicos e decisores políticos, promovendo uma cultura de transformação e consciência alimentar e de sustentabilidade.

9. É essencial comunicar bem: de forma transparente, acessível e mobilizadora, envolvendo todos os atores do sistema agroalimentar.


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