A CCDR NORTE congratula-se com a recente inscrição de duas expressões culturais do Norte de Portugal — o “Lanço da Cruz”, do concelho de Valença, e a “Procissão de Triunfo”, do concelho de Lamego — no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, conforme publicado no Diário da República de 6 de junho.
Este reconhecimento representa um importante passo na valorização e salvaguarda de manifestações religiosas e culturais profundamente enraizadas nas comunidades locais e na identidade coletiva da Região Norte.
Tradições com História, Fé e Identidade
O tradicional "Lanço da Cruz", em Valença, decorre anualmente na segunda-feira de Páscoa no Lugar de Segadães, no Parque Natural de Nossa Senhora da Cabeça.
Esta festividade do Rio Minho inclui a margem portuguesa (a União de Freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão, anteriormente denominada Freguesia de Cristelo Covo, Concelho de Valença) e a margem espanhola (a freguesia de Sobrada, concelho de Tomiño, na Galiza, Espanha), um evento associado ao antigo ritual de culto das águas com a bênção das redes dos pescadores.
O intercâmbio da Cruz Pascal entre Valença (Portugal) e sobrada (Espanha) distingue esta celebração como única na Península Ibérica, promovendo não só a fé e o património religioso, mas também a cooperação transfronteiriça e o fortalecimento dos laços culturais entre os dois países.
Já a “Procissão de Triunfo”, em Lamego, realiza-se anualmente a 8 de setembro, no âmbito das seculares Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios – também conhecidas como A Romaria de Portugal. Esta celebração, cujas origens remontam ao século XIV, mobiliza a comunidade em torno de uma impressionante manifestação de religiosidade e identidade coletiva, com profundo impacto no tecido social, económico e cultural da região duriense.
Inserida num contexto festivo mais amplo, que coincide com o início das vindimas no Douro Vinhateiro, a Procissão de Triunfo simboliza o fecho de um ciclo regional de romarias que atravessa todo o Norte do país.
CCDR NORTE destaca importância para o território
A CCDR NORTE expressa a sua satisfação com esta dupla inscrição, que constitui um reconhecimento do valor cultural, social e simbólico destas tradições seculares para as comunidades locais e para a Região Norte no seu todo.
Este passo reforça a missão da CCDR NORTE na valorização do património cultural como elemento central de coesão territorial, identidade regional e desenvolvimento sustentável, promovendo o reconhecimento das práticas que moldam a vivência coletiva e dinamizam os territórios.
Com estas novas inscrições, o Norte vê mais dois importantes marcos do seu património imaterial protegidos e valorizados, contribuindo para a sua transmissão às gerações futuras e para o reforço da atratividade cultural da região.
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