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Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, IP União Europeia

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O Museu da Vila Velha, em Vila Real, da autoria do arquitecto António Belém Lima e propriedade do Município de Vila Real, foi o vencedor da segunda edição do “Prémio de Arquitectura do Douro”, promovido pela Estrutura de Missão do Douro (EMD) e a CCDR-N. O galardão será entregue a 20 de Dezembro, no Museu do Douro, na data da sua inauguração.

O júri – que, para além das entidades organizadoras, integra o Turismo de Portugal, a Delegação Regional de Cultura do Norte, o Museu do Douro e o arquitecto projectista premiado na edição de 2006 (António Leitão Barbosa) – decidiu ainda distinguir com uma menção honrosa a Capela das Sete Esquinas, no Peso da Régua, do arquitecto Paulo Moura e propriedade do Município do Peso da Régua.

Na base da decisão do júri de atribuição do prémio ao Museu da Vila Velha está o reconhecimento de uma boa prática de inserção arquitectónica na paisagem urbana do Douro e, em particular, de valorização do centro histórico de Vila Real, na sequência das campanhas arqueológicas anteriormente desenvolvidas na Vila Velha. O edifício distinguido não colide com o processo de reconstituição histórica da vila, configurando, segundo o autor, «um volume pétreo e silencioso» que aspira «a uma neutralidade arquitectónica».

Já a menção honrosa distingue a reabilitação da Capela das Sete Esquinas, um edifício original do século XVIII em estado avançado de degradação até ao momento da sua recuperação, assim como a acção de requalificação da zona envolvente do imóvel histórico, numa área total superior a 1000 metros quadrados. Localizada no lugar das Fontainhas, no Peso da Régua, a Capela das Sete Esquinas – também conhecida como Capela de Nosso Senhor do Desterro – insere-se num contexto rural de antigos solares e casas senhoriais em ruína, que agora vê salvaguardada a integridade da sua construção e os seus valores mais intrínsecos, como a fachada principal, a cantaria interior e exterior ou o arco interior de volta inteira. Nasce a partir desta intervenção um novo espaço da memória e de acontecimentos culturais no Douro.

A restante lista dos candidatos é diversa no que à natureza das intervenções e funcionalidade dos edifícios diz respeito. Como objectos de grande reabilitação surgem a Adega da Quinta da Romaneira, no concelho de Alijó, um edifício do século XIX recuperada no âmbito de um projecto mais alargado de turismo rural de luxo, com projecto do arquitecto Arnaldo Pimentel Barbosa. Também no sector do turismo de luxo, foi candidato ao prémio a Quinta do Vale Abraão (Aquapura Hotel & Spa), no concelho de Lamego, com o projecto do arquitecto Rebelo de Andrade.

Dos projectos candidatos ao galardão construídos de raiz, figura o Parque Desportivo e Recreativo da Mata do Cabo, no concelho de São João da Pesqueira – uma obra com autoria do arquitecto António Carvalho composta por uma Piscina e um Parque de Campismo. Na lista dos concorrentes, consta ainda a obra de ampliação e remodelação da Adega Cooperativa de Viticultores e Olivicultores de Freixo de Numão, em Vila Nova de Foz Côa, do arquitecto Luís Brito.

O “Prémio de Arquitectura no Douro” surgiu há dois anos, no contexto das Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro, sob a iniciativa da CCDR-N e com o apoio do ON – Operação Norte, tendo por objectivo distinguir e promover boas práticas do exercício da arquitectura na Região Demarcada do Douro, estimulando a excelência no ordenamento e valorização do território classificado como Património da Humanidade a 14 de Dezembro de 2001, enquanto paisagem «cultural, evolutiva e viva».

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